quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Trabalho 3

Em sociologia, um grupo é um sistema de relações sociais, de interações recorrentes entre pessoas. Também pode ser definido como uma coleção de várias pessoas que compartilham certas características, interajam uns com os outros, aceitem direitos e obrigações como sócios do grupo e compartilhem uma identidade comum — para haver um grupo social, é preciso que os indivíduos se percebam de alguma forma afiliados ao grupo.

Um projecto, é um esforço temporário empreendido para criar um produto, serviço ou resultado exclusivo. Os projetos e as operações diferem, principalmente, no fato de que os projetos são temporários e exclusivos, enquanto as operações são contínuas e repetitivas.
1- Identificação da Área do Problema

2- Identificação e formulação de problemas parcelares

3- Planeamento do trabalho de grupo

4- Trabalho de campo

5- Tratamento de dados

6- Preparação do produto

7- Apresentação e divulgação dos trabalhos

8- Avaliação global


1- Identificação da Área do Problema
Uma fase fundamental mas nem sempre fácil. O problema deverá ser relevante e significativo
para cada um dos participantes, e deve ser tratado em ligação com o contexto (realidade) em
que se insere e com as experiências dos alunos. A escolha do problema é (ou deve ser) da
responsabilidade do grupo de alunos. A sua definição deverá ser feita a partir de sugestões
feitas pelos alunos e discutidas, de forma a conseguir-se um consenso. Só assim há garantias
para um real envolvimento de todos os alunos.
Motivar os alunos e conseguir o seu envolvimento no projecto e eventualmente o envolvimento
da família e da comunidade é o primeiro passo. Como fazê-lo? Podem utilizar-se diferentes
procedimentos: a leitura de um texto, a observação de um vídeo, a proposta de temas por cada
grupo previamente formado seguido da discussão em grande grupo, um brainstorming a partir
das expectativas dos alunos, seguido de uma ficha de análise das propostas ou a produção de
ideias independentes a partir das suas expectativas. Em qualquer dos casos ocorre sempre uma
discussão entre os intervenientes, podendo-se adoptar, para o efeito, diferentes técnicas de
dinâmica de grupos.
Por o tema ser, muitas vezes, vasto há necessidade de decompor o problema em várias partes
para análise, definindo problemas parcelares formulados sob a forma de questões.
E quantos temas se podem trabalhar numa turma? Um único tema em que cada grupo de
alunos se ocupará de uma parte, vários temas de acordo com os interesses dos grupos de
alunos, ou um único tema tratado por toda a turma? Tudo dependerá da turma e do
professor.
E que temas podem ser abordados? Não há receitas disponíveis para responder a esta questão.
Pelas próprias características que o Trabalho de Projecto apresenta, o tema deverá partir da
realidade dos alunos e deverá ser algo pelo qual eles têm interesse. No entanto, sendo a
Educação para a Cidadania uma área transversal da Reorganização Curricular, e tendo ainda
em conta que este tema é suficientemente abrangente, será certamente possível abordar uma
temática que tenha repercussões na vida social, na comunidade ou na sociedade em geral,
contribuindo assim para a construção de uma Cidadania responsável e interveniente.
Qualquer que seja a temática escolhida, dever-se-á ter em conta algumas
problema:
características do
autêntico, real
relevante e significativo para cada um dos participantes
conta as condições do meio envolvente, partindo das experiências de cada aluno
ter uma ligação ao meio social dos participantes, i.e., ser possível resolvê-lo tendo em
passível de ser investigado (exequível)
admitir vários caminhos de resolução
reflectir vários ramos do saber
susceptível de ser formulado através de um conjunto de questões

2- Identificação e formulação de problemas parcelares
Os problemas parcelares, resultantes da decomposição do problema em várias partes, são
definidos sob a forma de questões que deverão possibilitar que os alunos desenvolvam as suas
próprias abordagens à investigação, não permitindo, de forma alguma, que os resultados
estejam predeterminados. Estas questões constituirão, assim, linhas orientadoras destinadas à
resolução e/ou procura de soluções para o problema formulado.
Estas questões devem ser formuladas de modo a apontar para a resolução do problema. Assim
devem começar por Como, O quê O que é que.

3- Planeamento do trabalho de grupo
Identificado o problema parcelar, o grupo deverá elaborar um plano de acção onde deve
constar:
Definição de objectivos gerais
existentes
Identificação dos meios de resolução do problema (recursos) e das restrições/barreiras
Definição das actividades e do processos de trabalho
Divisão de tarefas
encontros com outros intervenientes, ...)
Preparar o trabalho de campo (elaboração dos instrumentos de pesquisa, marcação de
actividades
Nesta etapa as TIC constituem um veículo organizador da informação e ao mesmo tempo um
facilitador do processo de sistematização da preparação do trabalho. Construir um cronograma,
um organigrama e elaborar instrumentos de pesquisa com o processador de texto, identificar
recursos na Internet, são exemplos da sua utilização. Por outro lado, discutir e confrontar
ideias com os outros parceiros, pode também ser feito através da comunicação
através de um IRC/Chat ou
discussão, permitindo aos alunos interagir numa comunidade mais alargada para partilhar
informação, dados, recursos e ideias.
É nesta fase que se fornecem indicações sobre o relatório-síntese (sintético) que cada grupo
terá de elaborar, bem como a data em que terá de ser entregue a fim de poder ser reproduzido
e distribuído aos outros grupos antes das apresentações.
Secções do relatório-síntese.
Gestão do tempo – estabelecimento de uma calendarização para as diferentessíncrona,assíncrona, quer se utilize o correio electrónico quer um fórum de

4- Trabalho de campo
É nesta fase que se irão recolher os dados necessários à resolução do problema através da
pesquisa bibliográfica, da observação directa (de locais, de comportamentos de pessoas, ...), da
realização de entrevistas, aplicação de questionários, consulta de bases de dados, registos
áudio, vídeo, gráficos e fotográficos.
Também aqui as TIC constituem uma ferramenta importante. O correio electrónico pode ser
utilizado para consultar peritos, enviar/receber questionários, ... Os fóruns de discussão ou os
Chats podem servir para discutir questões, ouvir opiniões, trocar ideias. A pesquisa
bibliográfica pode também ser feita na Internet quer através de recursos www quer através da
consulta de bases de dados ou ainda de publicações (revistas e jornais) electrónicas.
A utilização de software educativo constitui outra possibilidade para determinadas situações
específicas, nomeadamente como fonte de consulta.
Cabe aqui fazer uma referência a um aspecto importante, que consiste no recurso a
especialistas. Existem muitas organizações na Web a disponibilizar este tipo de serviço
designado por "Ask an Expert", mas em inglês. No nosso país e a nível de Ciência existem já
alguns recursos nesta área, se bem que temporais, como o consultório de ciência e tecnologia
da unidade Ciência Viva do Ministério da Ciência e Tecnologia que funcionou durante a semana
da Ciência e Tecnologia de 2001. No entanto, é sempre possível recorrer a especialistas
nacionais através da utilização do correio electrónico. Antes porém, de os alunos recorrerem a
este tipo de solicitação, devem assegurar-se de que a resposta à questão que querem colocar
não se encontra facilmente acessível utilizando outro recurso a fim de evitar sobrecarregar os
especialistas com perguntas "muito elementares"
No fim desta fase é útil fazer um ponto de situação reflectindo sobre os aspectos relacionados
com as relações no grupo, interacções estabelecidas, rentabilização dos recursos, estratégias
utilizadas, dificuldades sentidas, progressos realizados. Esta reflexão, resultante também da
partilha de informação e experiências entre os grupos, proporcionará indicações sobre o que
haverá a fazer para melhorar o processo de trabalho, que, por vezes, tem de ser alterado tanto
a nível da planificação inicial como na orientação seguida. Pode até acontecer que o trabalho de
campo sugira outro problema mais significativo, o que ocasionará uma redefinição do problema
parcelar. Há que ter em conta que o Trabalho de Projecto é uma abordagem flexível e permite
um reajustamento permanente às necessidades emergentes do processo, sendo por isso
importante que o professor mantenha uma atitude aberta e não encare de forma rígida a
relação plano/concretização .
Segundo Castro & Ricardo, este ponto da situação pode ser feita através da resposta a um
questionário pelo grupo, que o discutirá sem a intervenção do professor (este não terá acesso
às respostas nem participará na discussão). Seguidamente o grupo reunirá com o professor
para que este se inteire do andamento das tarefas, tire dúvidas, sugira pistas, ...

5- Tratamento de dados
Estuda-se o material resultante da pesquisa, confrontam-se dados, analisa-se e organiza-se a
informação, identificam-se problemas, elaboram-se sugestões e propostas de intervenção.
O processador de texto continua a ser uma ferramenta fundamental para registar os dados
recolhidos, conclusões e/ou propostas de intervenção. O tratamento dos dados de
questionários pode ser feita através de ferramentas informáticas como o SPSS ou uma folha de
cálculo. E a representação gráfica dos resultados ajudará certamente a uma interpretação dos
dados e, posteriormente, à sua apresentação. A organização da informação em bases de dados,
se bem que difícil de conseguir em tempo útil, poderá ser igualmente outra funcionalidade a
utilizar.
Ao longo desta fase é também útil fazer-se outro ponto da situação que dará indicações para a
elaboração do produto final e para a divulgação dos trabalhos. Ajudará igualmente a
estabelecer o tempo para as apresentações e dará orientações para os aspectos a ter em conta
na avaliação dos trabalhos.

6- Preparação do produto
É nesta fase que se preparam os produtos e a forma de divulgação.
Os produtos resultantes de um projecto poderão assumir formas muito variadas - jornais,
brochuras, boletins informativos, relatórios, vídeos, cd-roms, páginas Web, diaporamas,
maquetes, etc. Mas também poderão não ser visíveis, isto é, poderão apenas apelar a uma
mudança de atitudes, ou mesmo de hábitos, à consciencialização para determinado problema.
E qual o papel das TIC? Se o produto for um jornal, brochura ou boletim informativo, um
programa de edição electrónica ajuda certamente na sua composição. Se for um aplicação
multimedia ou páginas Web é imperioso a utilização das TIC. E se estiver previsto um
debate/painel, certamente que uma apresentação electrónica feita em PowerPoint poderá ser
de grande utilidade para servir de suporte à informação e/ou suscitar a discussão.
Caso o trabalho final se traduza numa campanha, a Internet com as suas ferramentas
telemáticas - e-mail, fóruns, Chats - pode constituir um veículo na consciencialização para um
determinado problema, ou no desencadear de acções que levem a uma mudança de atitudes
e/ou de hábitos.

7- Apresentação e divulgação dos trabalhos
É importante que, qualquer que seja a modalidade adoptada para as apresentações, os alunos
tenham em consideração que apenas devem apresentar o produto (ou transmitir a ideia) e não
apresentar tudo o que está no relatório.
Na divulgação dos resultados os alunos darão a conhecer aos seus pares, à comunidade
educativa e/ou à comunidade em geral, o resultado do seu trabalho, dando significado à
produção realizada. É importante determinar previamente junto de quem se vão divulgar os
resultados do trabalho e de que forma. A forma pela qual o fazem pode ser muito
diversificada: relatórios, cartazes, boletins informativos, vídeos, diaporamas, jornais, brochuras,
exposição oral, dramatização, painéis, ...
Também aqui as TIC apresentam grandes potencialidades tanto na apresentação (que pode ser
feita recorrendo a uma apresentação em PowerPoint) como na divulgação, quer esta se faça
através do suporte de papel - brochuras, cartazes, relatórios ... - quer através de listas de
correio (mailing lists). E se for através de um debate? Uma apresentação electrónica será,
certamente, útil . E,
tecnologia adequada estiver disponível)?
sonhando mais alto, que tal através de uma videoconferência (se a

8- Avaliação global
No processo de avaliação interessa mais o processo subjacente ao desenvolvimento do projecto
do que propriamente o produto conseguido e nela deverão estar envolvidos todos os
intervenientes no processo. Cabe aqui realçar o papel que a auto-avaliação do projecto, feita
pelos alunos, pode desempenhar e que os ajudará a reflectir sobre o seu próprio processo de
aprendizagem e a constatar os progressos realizados.
De acordo com Castro & Ricardo, após a apreciação feita por cada um dos grupos , o professor
deverá fazer uma síntese, salientando o papel de todos os grupos e analisando:
os métodos de trabalho, dificuldades e o modo como foram ultrapassadas
recursos
a evolução dos grupos, os momentos de tensão ou conflito, o aproveitamento dos
Desta etapa poderão surgir também recomendações para estudos futuros.
A avaliação dos alunos pode ser feita através da observação da atitudes, do seu grau de
participação e de interacção com os outros parceiros.
Também a auto-avaliação do professo é importante e pode trazer benefícios para o
desenvolvimento de projectos futuros. Para que o professor proceda de modo mais eficaz à sua
auto-avaliação poderá recorrer à elaboração de um portfólio onde no final de cada sessão
regista os aspectos relevantes daquela sessão: até que ponto foram cumpridos os objectivos
inicialmente propostos, dificuldades encontradas, tipo de interacção estabelecida com os
alunos, aspectos a melhorar ...
a relação e a articulação entre os subproblemas
Topo
Nota final: Os livros "Projectos Curriculares de Escola e de turma", "Área
de Projecto - percursos com sentido" e "Gerir o Trabalho de Projecto"
apresentam sugestões de materiais a utilizar em diferentes etapas desta
metodologia.

Bibliografia:
wikipedia
capag.info

O desenvolvimento de um projecto pressupõe planeamento, execução e avaliação. Ao longo
das diversas etapas é essencial haver colaboração entre alunos, professores e outros
intervenientes, de forma a que o conhecimento possa ser partilhado e distribuído entre os
membros da comunidade de aprendizagem.
Normalmente, são consideradas as seguintes etapas: